(CURRENT DAYS)
ANO 2018.
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Saio do transe ao escutar o despertador tocar. Estava acordada já fazia algumas horas, tentava a todo momento me manter acordada, mas, era como se os devaneios ficassem pior a cada dia.
Lenvanto-me da cama após desligar o despertador, caminho até o banheiro e me olho no espelho. Meu estado era deplorável, era como se não me reconhecesse a cada dia. Passo às mãos no rosto tentando afastar os pensamentos e logo em seguida pego o frasco de remédios.
Naquele momento precisava me acalmar e esquecer o dia do acidente.
Saio da frente do espelho e tiro toda a roupa. Caminho até o box, e ao ligar o chuveiro, pude sentir a água gelada em minha pele. Conseguia ver claramente o dia do acidente toda vez que fechava os olhos, e mesmo que tentasse esquecer, teria que viver com às cicatrizes para o resto da vida.
Saio do box após alguns minutos. Me errolo em uma toalha e saio do banheiro indo de encontro ao guarda-roupas. Havia recebido um E-mail a alguns dias atrás sendo convidada para participar de um jogo de resistência no texas.
E mesmo que não quisesse, precisava pagar minhas dívidas, e ao ver quanto eles pagavam para quem chegasse até o final do desafio, vi que ali era minha chance de começar do zero.
Termino de me vestir e olho para às malas perto da porta. Não sabia se era a coisa certa a se fazer, mas, sabia que de alguma forma isso me ajudaria. Caminho até a porta e pego às malas saindo do quarto logo em seguida.
Dêsde que meus pais morreram, vivia em um orfanato, e após completar a maior-idade, fui obrigada a sair de lá e tentar a vida aqui fora. No começo pensei que seria fácil, mas, não dá para "sobreviver" com o salário que ganho trabalhando em um bar durante a noite.
Desço às escadas me dirigindo até a porta da frente. Coloco às malas perto da mesma e caminho até a cozinha.
Tudo ali era completamente silencioso, e por algumas vezes me perguntava como acabara nessa situação. Abro a geladeira e me deparo com uma garrafa de leite e algumas frutas que estavam ali a meses. Pego a garrafa de leite e caminho até o armário pegando uma caixa de cereal logo em seguida.
Sento-me na pequena mesa que havia ali e enquanto tomo meu café, observo a casa. Tudo ali era sem vida. A pintura já desgastada junto dos móveis enpoeirados dava um ar triste para a casa.
Levanto-me da mesa após alguns minutos e dou uma ultima olhada no local. Queria que tudo fosse diferente, queria que o acidente nunca tivesse acontecido e tampouco queria ter essa vida. Saio da cozinha e logo em seguida da casa.
Caminho até o carro e coloco às malas no porta-malas, e adentro o carro logo em seguida. Olho para a casa e logo em seguida dou partida. Teria que dirigir por algumas horas até o local pedido, e quanto mais rápido tudo isso acabasse, melhor seria.
•••
Já havia se passado algumas horas, e logo às casas foram substituídas por árvores. Observava o sol que se escondia por trás das mesmas.
O clima era frio, mal podia se ver o sol e às estradas que me levaria até o chalé, eram desertas. Desvio meu olhar das árvores à minha volta ao notar uma placa. Adentro uma estrada de chão que provavelmente me levaria até meu destino.
Demoraria mais algumas horas para chegar até o chalé, e naquela altura, já estava exausta. Dirijo por mais algumas horas até observar alguns carros parados perto da estrada.
Me aproximo mais dos mesmo e ao notar que ali era a entrada do chalé, paro o carro na pequena estrada de chão. Desço do carro ranceosa e logo os olhares são dirigidos à mim.
— você deve ser a última participante que faltava. — uma garota de cabelo azul fala e se aproxima. — Yuna. — me cumprimenta.
— Andy.— falo e olho para às pessoas que estavam ali.
— acho que vamos ter que andar. — um cara fala enquanto observa às árvores.
— então é melhor irmos, daqui a pouco o sol vai embora. — um garoto que parecia ter minha idade fala e logo se aproxima. — prazer, me chamo Jack. — ele fala e sorri.
— Andy
— bom, esses são Richard, Sara, James e Yuna, como já sabe. — sorri.
Olho para todos que pareciam distraídos, e por alguns segundos, me perguntei se eles eram mesmo adversários.
— já que todos já foram apresentados, acho melhor irmos. — James fala e caminha até seu carro.
— peguem às malas...— Jack fala e logo todos caminham até seus carros.
Pego minhas malas e observo às árvores a nossa volta.
— como vamos saber por onde ir? — Sara pergunta enquanto tenta se equilibrar nos saltos.
— o caminho está marcado. — Yuna fala e se põe ao meu lado.
Vejo James adentrar a floresta fazendo com que os demais fizessem o mesmo em seguida. Só havia árvores por ali, o silêncio era pertubador, não havia sinal de animais, apenas arvores e um frio inebriante.
Caminhava por dentre às árvores observando tudo. Não sabia como seria o jogo, mas, sabia que se algo acontecesse, achar ajuda seria impossível.
A cada segundo a luz do sol parecia mais distante, não sabia por quantas horas havíamos caminhado, e naquele momento só queria descansar.
— acho que chegamos. — James fala fazendo-me sair de meus devaneios.
Olho para o chalé a minha frente desnorteda. O lugar parecia abandonado.
— certeza que esse é o chalé? — Richard pergunta e se aproxima do local.
— não estou vendo outro chalé. — Jack fala e passa por mim.
— esse deve ser o desafio. — Sara fala e tira os saltos. — passar vinte e um dias nesse lugar. — concluí.
Caminho para perto das outras pessoas enquanto observo o local. O chalé parecia ser bem pequeno, e olhando o mesmo pelo lado de fora, tive a certeza de que por dentro seria pior.