O Senhor dos Pastéis
Uma história de coragem, gordura e glória
Capítulo 1: A Massa do Destino
Numa quebrada distante, muito além dos limites do bairro onde o Wi-Fi falha e o motoboy não entrega, existia uma pastelaria tão antiga quanto a fritadeira que ela usava.
Seu nome? Pastel & Glória.
Seu dono? Arlindo Pastelini, mais conhecido como O Senhor dos Pastéis. Um homem de avental surrado, bigode empanado e alma crocante.
Arlindo não era um simples pasteleiro. Ele era um guerreiro. Lutava diariamente contra as forças das trevas:
a gordura saturada,
o óleo que não dura mais que três frituras,
e principalmente, a Vigilância Sanitária, liderada pela implacável Inspetora Berenice, que já havia fechado mais pastelarias do que o Batman tinha gadgets.
Mas Arlindo tinha um sonho:
criar a maior franquia de pastéis do planeta.
Ele queria ver suas receitas famosas nos quatro cantos do mundo — do calçadão de Copacabana ao centro de Tóquio. Sonhava com filas quilométricas, jingles irritantes na TV e combos com nome de celebridade: “Pastel Larissa Manoela”, “Combo Anitta com Guaraná”.
E então, certo dia, ele encontra um artefato antigo, escondido dentro de um saco de farinha vencido desde 2017...
Um livro sagrado, com letras douradas e cheiro de cebola:
> “O Grão Livro da Massa”
Dentro dele, segredos milenares de um recheio proibido. A lenda dizia que quem dominasse a receita sagrada controlaria o destino dos pastéis para sempre.
Mas para isso, Arlindo teria que enfrentar uma jornada que envolveria:
Kombis de feira ambulante,
Confrarias secretas de pasteleiros,
Duendes do delivery,
E o temido Óleo das Sombras, que nunca mais sai da frigideira.