Os dias seguintes foram um turbilhão de descobertas e desconfianças. Clara e Gabriel passaram horas estudando cada palavra do diário e da carta, tentando montar o quebra-cabeça que envolvia o desaparecimento de Matheus.
Mas a cidade parecia fechar-se sobre eles como uma armadilha. Olhares furtivos, sussurros pelas ruas, e mensagens anônimas deixavam claro que alguém poderoso estava observando cada passo.
Numa manhã cinzenta, Clara recebe uma visita inesperada: Helena, sua melhor amiga de infância, que trazia nos olhos um misto de preocupação e segredos.
— Clara, tenho medo de que as pessoas caiam por lá que você esteja se metendo em coisas perigosas. Cuidado, eles não perdoam", alertou Helena, gritando.
Clara a olhou firme.
— Eu não precisava parar agora, Helena. Matheus precisa de justiça.
Helena hesitou, depois revelou:
— Tem alguém na cidade que não quer que você descubra a verdade... E que alguém pode ser mais bonito do que imaginar.
Mais tarde, Gabriel a levou para um lugar seguro — uma antiga cabana que usava como escondijo. Ali, longe dos olhos curiosos, eles se abriram mais um para o outro.
— Clara, confesso que há coisas que não me aconteceram e que ainda não tenho de dizer — disse ele, com a voz cheia de emoção.
Ela segurou sua mão.
— Você pode confiar em mim.
A revelação de Gabriel viu como um choque foi feito: o amigo de Matheus era um amigo, mas também desempenhou um papel inesperado no mistério.
À medida que o crescimento e a passagem da guerra foram revelados, Clara e Gabriel descobriram que o amor e a confiança seriam as únicas armas capazes de enfrentar as sombras que os ameaçam.