Vientos de Pasión-El Precio de la Esperanza-Versión española

Episode 44

A carruagem guinchou abruptamente ao parar em frente à casa de Lady Penelope. Gabriel desceu com um movimento ágil, os olhos brilhando de expectativa. Ao lado dele, Damien desceu com um passo mais calmo, mas sua atenção estava voltada para o amigo, que parecia excessivamente confiante.

"Você é muito animado para alguém que foi convocado com tanta urgência", comentou Damien.

"Porque eu sei o que isso significa", respondeu Gabriel com um sorriso. "Ela quer me ver. Ela finalmente tomou uma decisão."

Damien ergueu uma sobrancelha, mas não teve tempo de responder. A porta da frente se abriu antes mesmo de Gabriel bater, revelando Lady Penelope com uma expressão grave.

"Senhores", ele os cumprimentou, dando um passo para trás para deixá-los entrar.

Gabriel abaixou a cabeça em uma saudação apressada e entrou imediatamente.

—Onde está Lilian?

Lady Penelope abriu a boca para responder, mas uma voz aguda ecoou de dentro da casa.

-Aqui.

Gabriel se virou e viu Lilian parada no final do corredor. Sua silhueta esguia se destacava contra a penumbra da casa, envolta em um vestido verde que acentuava sua delicadeza. Seus olhos estavam vermelhos — mas Gabriel não percebeu. Não naquele momento. Tudo o que ele viu, tudo o que importava, era que ela o havia chamado.

—Precisamos conversar. Agora.

Gabriel hesitou por um segundo, intrigado com o tom dela. Autoritário. Gelado.

-Claro.

Lilian se virou sem esperar e desapareceu pelo corredor. Gabriel lançou um último olhar para Damien e Lady Penelope antes de segui-la.

Lady Penelope suspirou profundamente, fechando os olhos por um momento.

—Isso não vai acabar bem.

Damien olhou para ela com desconfiança.

—O que está acontecendo, afinal?

Lady Penelope suspirou novamente, indicando uma das salas.

—Vamos sentar.

Assim que entraram na sala, Lady Penelope foi até uma poltrona e Damien sentou-se no sofá.

— Whitaker esteve aqui esta manhã.

Damien resmungou, já imaginando para onde a conversa iria.

— Claro que sim.

Ela lançou-lhe um olhar severo.

—E ele trouxe uma mentira muito bem construída.

Antes que ele pudesse continuar, Clara entrou na sala, com os olhos cheios de preocupação.

— Milady, Gabriel já chegou?

Lady Penelope assentiu lentamente.

— Ela está confrontando-o agora.

Clara cerrou as mãos e os lábios tensos.

— Nunca a vi assim. Ela é como o pai quando tudo sai do controle.

— Lilian é uma Cavendish. A raiva é um dos nossos defeitos, mas também amamos incondicionalmente.

— Desculpe, não quis ofender, falei sem pensar.

— Você não ofendeu ninguém, Clara. É a verdade.

Damien observou Clara — e, por um instante, esqueceu-se da situação difícil do amigo. Era a segunda vez que a via e, mais uma vez, o efeito que ela exercia sobre ele era desconcertante. Seus cabelos castanho-dourados caíam em ondas suaves sobre os ombros, e seus olhos brilhavam com genuína preocupação. Havia uma força silenciosa nela que o fascinava.

Lady Penelope não perdeu o longo olhar que Damien lançou a Clara e um leve sorriso apareceu em seus lábios.

“Parece que minha casa se tornou um cenário de emoções confusas”, ela murmurou, divertida com a mudança repentina na expressão de Damien.

Ele pigarreou e desviou o olhar.

— Então... que mentira foi essa?

O sorriso de Lady Penelope desapareceu.

— Whitaker presenteou Lilian com uma carta. Uma carta supostamente escrita por uma amante de Gabriel no Caribe.

Damien sentou-se ereto no sofá, com a descrença estampada em seu rosto.

— Isso é um absurdo.

Clara olhou para ele, séria.

— Talvez. Mas a carta... a carta está muito bem escrita. Bem demais. — Ele fez uma breve pausa. — E Whitaker sabia exatamente onde tocar. Ele sabia como mexer com os medos dela.

Damien passou a mão pelos cabelos, frustrado.

— E agora a Lilian está descarregando tudo em cima do Gabriel.

Lady Penelope suspirou.

— Espero poder fazê-la ouvir a razão.

Damien recostou-se no sofá.

— Ou que ele não leve um tapa antes de abrir a boca.

Mientras Lady Penélope, Clara y Damien intercambiaban impresiones en el salón, Lilian cruzaba la casa con pasos decididos, Gabriel tras ella, sin saber lo que le aguardaba.

Ella empujó la puerta de la biblioteca, entró y esperó a que él la siguiera. En cuanto lo hizo, cerró la puerta tras de sí con un chasquido seco.

Gabriel miró a su alrededor, confuso.

—Lilian… ¿qué sucede?

Ella no respondió de inmediato. Solo caminó hasta el escritorio. Tomó un papel doblado y lo lanzó sobre la mesa entre ellos.

—Dime —su voz era baja, cortante—, ¿qué es esto?

Gabriel se acercó. Miró el papel. Lo desdobló.

Leyó.

El silencio que se instaló fue peor que un grito.

Primero, la confusión. Luego, la incredulidad. Finalmente… la furia.

Levantó la vista.

—Esto es una trampa.

—Entonces lo niegas —la voz de ella no tembló.

Los ojos de él se detuvieron en los de ella. Demasiado tiempo.

—Lo niego —dijo con un tono ronco—. Porque es mentira.

—¿Mentira? —Lilian soltó una risa breve. Casi un espasmo—. La carta existe, Gabriel. La firma está ahí. Emily. ¿Conoces ese nombre?

Gabriel frunció el ceño.

—No.

—¿No? —repitió ella con una sonrisa amarga—. Qué conveniente.




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