Episode 5

Na mansão, Lilian acaba de retornar de seu passeio a cavalo. O sol brilhava através dos corredores, lançando um brilho quente, e a sombra de seus passos ecoava enquanto ela subia as escadas de madeira polida. Sua jaqueta cinza estava pendurada em seu braço, e o chapéu que ela usou durante a caminhada estava em sua mão. Seus cabelos, ainda presos em um coque levemente desgrenhado, deixam marcas da intensidade do passeio. Ela parou no topo da escada e olhou para a ala oeste da casa, onde ficava a mesa de seu pai. Que segredos estão sendo discutidos por trás dessas portas agora? ela se perguntou antes de prosseguir para seus aposentos.

Lilian entrou em seus aposentos com passos mais rápidos do que gostaria de admitir. “Emily, prepare um banho para mim.” Sua própria voz parecia estranha, como se viesse de algum lugar distante. “Quero me livrar da pobreza da caminhada.”

O funcionário fez uma leve reverência e saiu rapidamente. Lilian vestiu o chapéu e o casaco, segurando os dedos nos botões, como se tarefas simples exigissem um esforço imenso. O espelho refletia uma versão um pouco desgrenhada dele.

Momentos depois, Clara entrou com passos leves, carregando uma pilha de toalhas limpas e sabonetes perfumados. Ela o colocou ao lado da banheira e se virou para Lilian. “Como foi a viagem, Lilian?” Ela perguntou, assim que vestiu o casaco ou o chapéu, ajudando a tirar a chuva. Então ela começou a desfazer os detalhes do vestido de Lilian.

Lilian suspirou. “Revelador”, ela respondeu com um sorriso enigmático. “Gabriel está de volta.” As palavras pairavam no ar, cheias de uma mistura de emoção e incerteza. “E ele é... diferente. Não sei explicar, mas isso é... escritório.”

"Escritório?" Clara respondeu, confusa. “Não entendo, Lilian. Você queria que ele fosse mais baixo?

“Não... nada disso. “E... bem... ele cresceu, e... bem, ele é um homem agora, você sabia?” Disse Lilian, com as velas acesas.

“Não, Elisa, eu não entendi”, continuou Clara, ainda intrigada com o que Lilian estava tentando dizer.

“Esquema. Decidi organizar um jantar em sua homenagem.”

Clara, que estava desfazendo os ganchos, parou por um momento. O breve sorriso que ela lançou para Lilian desapareceu rapidamente quando seus olhos se desviaram. “Essas são... boas notícias, Lilian”, ela disse, retornando à sua tarefa mecanicamente. “O retorno de Gabriel é uma boa notícia”, ela pensou. Mas ele recebeu a mensagem que lhe enviei? As palavras do duque foram frias. Mas a verdadeira ameaça veio do que Clara ouviu antes. E ela sabia que se Lilian fosse entregue a Lorde Whitaker, ela nunca mais seria livre. Ela precisava falar com ele o mais rápido possível. Um arrepio percorreu sua espinha, um reflexo da certeza que antes estava contra ela. Seus dedos instintivamente se fecharam em volta do colar, como se o pequeno pedaço de metal pudesse lhe oferecer alguma proteção.

Depois de ajudar Lilian a se despir, Clara juntou cuidadosamente as roupas e esperou enquanto as criadas terminavam de preparar o banho. Quando ficaram sozinhas, Lilian se virou para ela. “Você está preocupada, Clara. O que está acontecendo?”

Clara hesitou, baixando o olhar e instintivamente mexendo no colar que usava no pescoço. “Não é nada, Lilian”, ela respondeu.

Lilian franziu a testa, desconfiada, mas preferiu não insistir. “Hmm… A decisão é sua.” Ela gesticulou para que Clara saísse e afundasse na água quente, deixando o vapor envolvê-la.

Ao sair do quarto, Clara agarrou o colar entre os dedos, sentindo-se culpada por guardar segredos. “Preciso falar com Gabriel”, pensou ela, indo em direção aos seus aposentos. “Ele é o único que pode ajudá-la.”

Mais tarde, naquele mesmo dia, o Duque de Cavendish retornou à mansão. A carruagem parou bruscamente, e o cocheiro correu para abrir a porta. O duque saiu com um sorriso satisfeito no rosto, subindo os degraus até a entrada principal, sem prestar atenção aos criados que o cumprimentavam com reverências.

Assim que entrou no vestíbulo, ordenou que chamassem Lilian ao seu escritório, e foi para lá que se dirigiu. Ele sentou-se na cadeira de couro atrás da imponente mesa de mogno, tamborilando os dedos no braço da cadeira enquanto esperava. Quando Lilian finalmente entrou, o Duque levantou o olhar para a filha e sorriu.

"Pai?" Lilian cumprimentou, curvando levemente a cabeça enquanto fechava a porta atrás de si. O tom dela era educado. “Você me chamou?”

O duque gesticulou para que ela se sentasse. “Lilian, tenho um assunto importante para discutir com você. Algo que me agrada muito.” Ele começou, mas antes que pudesse continuar, ela levantou a mão, interrompendo-o.

“Gabriel está de volta”, ela declarou, com entusiasmo claro na voz. Um sorriso inesperado iluminou o rosto de Lilian, seus olhos verdes brilharam com uma energia que o Duque não via há muito tempo.

The Duke froze for a moment, his jaw tightening. “Gabriel,” he thought, controlling his rising irritation. The return of that boy was an inconvenience he could not ignore. He still remembered the scandal the Viscount had caused with his debauchery. “He's back, you say? And what makes you speak so enthusiastically about this?”