A casa do Conde de Devonshire, estava envolta em silêncio. As janelas altas deixavam entrar os raios suaves da lua, iluminando os corredores sombrios com um brilho pàlido. Tabitha estava no seu quarto, sentada junto à janela, observando as estrelas ao longe. Apesar da segurança da casa, a sua mente estava inquieta. Havia tantas perguntas sem resposta, tantas emoções conflitantes que não conseguia ignorar.
O som de um leve bater na janela sobressaltou-a. Ela virou-se rapidamente, e seus olhos encontraram a figura de Ethan, parado na sacada do lado de fora. Ele estava vestido discretamente, mas a sua presença irradiava a mesma confiança silenciosa de sempre.
— Ethan? — sussurrou ela, levantando-se de repente.
Ele fez um gesto para que ela abrisse a janela. Relutante, mas curiosa, Tabitha destrancou-a, permitindo que ele entrasse.
— O que està a fazer aqui? — perguntou, fechando a janela novamente. — E se alguém o vê ou o meu avô descobre?
Ethan deu um pequeno sorriso enquanto avançava pelo quarto.
— Precisava falar consigo. Não pensei que teria outra oportunidade... e isto não podia esperar.
Tabitha cruzou os braços, tentando esconder o nervosismo.
— Falar sobre o quê? Amanhã estaremos juntos novamente. Não percebo porque é que se està a arriscar desta forma.
Ethan aproximou-se dela, seus olhos fixos nos dela.
— Hà coisas que precisam ser ditas sem olhares curiosos, Tabitha. Quero que saiba exatamente onde estamos... onde eu estou, antes de darmos qualquer passo adiante.
Ela franziu o cenho, confusa e intrigada.
— Não entendo. O que quer dizer?
Ethan respirou fundo, desviando o olhar por um momento antes de voltar a encarà-la.
— Desde o dia em que nos vimos pela primeira vez, percebi algo em si. Uma força que nem mesmo você sabia que tinha. Durante estes dias na ilha, e depois do que aconteceu entre nós, isso ficou ainda mais claro. — Ele parou, sua voz ficando mais suave. — E foi nesse momento que percebi... que não consigo imaginar minha vida sem você, eu amo-a.
Tabitha ficou em silêncio, o coração batendo ràpido. Ela sabia que havia algo entre eles, mas ouvir essas palavras fazia tudo parecer mais real, mais intenso.
— Ethan... — começou ela, hesitante. — Não posso negar que o amo também, mas tudo isto é tão... complicado. O meu avô espera muito de mim. Ele jà tem planos, alianças... e, além disso, você foi o protegido dele. Não sei se ele iria aceitar.
Ethan deu um passo mais perto, a expressão firme.
— Não estou a pedir autorização ao seu avô, Tabitha. Estou a pedir que você acredite em mim, para confiar que, juntos, podemos enfrentar o que vier.
Ela desviou o olhar, lutando contra as emoções que ameaçavam transbordar.
— É difícil, Ethan, eu nunca tive a oportunidade de escolher.
Ele ergueu a mão, tocando o queixo dela delicadamente e fazendo com que ela o olhasse.
— Então escolha agora. Não pelo seu avô, não por mais ninguém . Por si.
Por um momento, o silêncio dominou o quarto. Tabitha sentia o coração bater acelerado, cada palavra dele ecoando em sua mente. Então, sem pensar, ela deu um passo à frente, e os seus làbios se encontraram. O beijo foi suave, mas carregado de emoção, como se ambos colocassem ali tudo o que haviam sentido, mas nunca dito.
Quando finalmente se separaram, Ethan sorriu levemente e ergueu a mão, tocando seu rosto com delicadeza. O toque dele era quente, e Tabitha fechou os olhos, sentindo o coração disparar.
— Eu não deveria querer isso... — sussurrou ela, mas não recuou.
— Mas quer, — respondeu ele, aproximando-se ainda mais. — Assim como eu.
As palavras desapareceram quando Ethan se inclinou e os seus làbios encontraram os dela novamente. Tabitha sentiu as mãos dele deslizarem para sua cintura, puxando-a gentilmente para mais perto. Ela correspondeu, seus dedos entrelaçando-se nos cabelos dele. Quando finalmente se separaram, ambos estavam ofegantes. Ethan a olhou nos olhos, a respiração pesada. Ela não respondeu com palavras, mas sim envolvendo-o novamente em um beijo, deixando claro que sua decisão jà tinha sido tomada.
Ethan conduziu-a suavemente até a cama, seus movimentos cuidadosos, como se temesse assustà-la. Ele parou por um momento, olhando para ela com intensidade. Ethan a beijou novamente, suas mãos explorando seu corpo com uma reverência quase sagrada. A barreira das suas roupas desapareceu lentamente, cada peça removida com cuidado e respeito. Tabitha sentiu-se vulneràvel, mas também poderosa sob o olhar de Ethan, que a admirava como se ela fosse a coisa mais preciosa que jà tinha tocado. O calor entre eles aumentava a cada toque, cada carícia. Ethan era gentil, atento a cada reação dela, como se cada suspiro fosse uma melodia que ele desejava conhecer.
Tabitha, por sua vez, abandonou seus medos, entregando-se completamente ao momento. Quando finalmente se uniram, foi mais do que físico. Foi uma fusão de almas, uma declaração silenciosa do que ambos significavam um para o outro. Seus corpos se moviam em harmonia, como se tivessem sido feitos para aquele momento. O silêncio voltou ao quarto, agora quebrado apenas pelo som de suas respirações suaves. Ethan segurava Tabitha em seus braços, os dois envoltos em um sentimento de plenitude.