Corações na Tempestade - Versão Portuguesa

Episode 21

Na véspera do baile, Ethan encontrou Tabitha no jardim da mansão depois do jantar, onde ela passeava para fugir da confusão. Ele usava um traje simples, mas a sua presença sempre exalava autoridade. Afinal, ele não era apenas um homem apaixonado: era o Conde de Eddington, um dos homens mais respeitados da Inglaterra.

— Tabitha, precisamos de falar, — começou ele, a voz carregada de urgência.

Ela virou-se, notando a tensão no rosto dele.

— O que foi, Ethan? Não pode esperar até depois do baile?

Ele balançou a cabeça, aproximando-se.

— Não. Isto não pode esperar. — Ele hesitou, mas então falou com firmeza: — Você precisa-se casar comigo. Agora. Antes que algo aconteça.

Tabitha ficou boquiaberta.

— Casar? Ethan, isso é loucura! Por que é que me està a pedir em casamento assim, de repente?

Ele avançou e segurou as suas mãos, os olhos intensos nos dela.

— Não é de repente. Você sabe o quanto eu me importo consigo, mas não é só isso, hà algo que precisa aceitar Tabitha: Fleury enviou alguém atràs de você. Eu tenho informações que confirmam isso. Você não està segura, Tabitha. Mas, como minha esposa, estarà mais protegida.

Ela puxou as mãos das dele, colocando alguma distância entre eles.

— Então que-ser casar comigo por segurança? Isso soa a chantagem, Ethan.

Ele deu um passo em frente, a expressão séria.

— Se for chantagem, é porque estou desesperado para garantir que esteja viva quando eu voltar. Não posso deixar que algo lhe aconteça enquanto estou fora. Eu amo você, Tabitha, e preciso que confie em mim.

Ela desviou o olhar, o coração em conflito.

— Não posso tomar essa decisão agora. Meu avô, a sociedade... tudo isso jà é demais para mim.

Ethan suspirou, mas assentiu.

— Pense no que lhe propus, por favor, para todos os efeitos voçê jà é minha mulher. Lembre-se que o perigo està mais perto do que imagina.

E com esta tirada ele deixou-a sozinha com os seus pensamentos. Tabitha teve uma noite agitada e insone a pensar em Ethan e na sua proposta, no que achava que o avô e a sociedade esperavam dela e no que ela queria para si mesma. Acabou por adormecer jà tarde e acordou com uma batida na porta.

O sol jà estava alto quando Amélie entrou apressada no quarto de Tabitha, trazendo nos braços um vestido deslumbrante em tons de dourado que refletia a luz com um brilho etéreo. Seu entusiasmo era contagiante, mas para Tabitha, parecia apenas mais um lembrete do peso que carregava.

— Minha menina, você serà a estrela da noite e ainda està deitada? — exclamou Amélie, colocando o vestido sobre uma cadeira. — Levante-se, temos um lindo vestido para experimentar. O Conde quer que todos saibam quem você é. — Amélie sorriu, o seu tom encorajador.

Tabitha suspirou, mas obedeceu, levantando-se lentamente. Antes que pudesse responder, Emily entrou no quarto carregando uma bandeja com chà, pão e frutas.

— O seu pequeno-almoço, My Lady, — disse Emily, colocando a bandeja na mesinha ao lado da cama.

Tabitha comeu em silêncio, evitando os olhares expectantes de Amélie. Quando terminou, Amélie ajudou-a a vestir o vestido dourado. A peça era magnífica, mas exigia pequenos ajustes que esta, com mãos habilidosas, prontamente começou a fazer.

— Veja só como està deslumbrante, minha menina, — disse Amélie, enquanto ajustava a cintura do vestido. — Esta noite serà inesquecível.

Tabitha deu um pequeno sorriso, mas a inquietação que sentia não passou despercebida ao olhar de Amelie. Enquanto Tabitha terminava os preparativos no quarto, a mansão estava em completa efervescência. Criados corriam pelos corredores com arranjos florais e bandejas de prata brilhante. O salão principal transformava-se a cada momento, adornado com lustres de cristal e tapeçarias sumptuosas. Tudo indicava que o baile seria um evento digno de uma herdeira. Tabitha, no entanto, sentia-se cada vez mais deslocada. Apesar da beleza da ocasião, o peso do título que agora carregava parecia esmagador. Depois de ajustar o vestido e ver os criados passarem apressados, decidiu retirar-se para o quarto.

— Amélie, vou descansar um pouco, — disse ela, recusando-se a lidar com mais preparativos ou conversar com quem quer que fosse.

Nem mesmo Ethan, que tentou abordà-la no corredor, conseguiu uma palavra.

— Tabitha, espere... — começou ele, mas ela passou por ele rapidamente, murmurando:

— Agora não, Ethan.

Quando o crepúsculo caiu, a mansão estava completamente iluminada, pronta para receber os convidados. As Carruagens começaram a chegar, uma após a outra, depositando a elite da sociedade inglesa na entrada principal. O ar estava cheio de murmúrios e risadas, enquanto damas elegantemente vestidas e cavalheiros trajando roupas formais desciam as escadarias que levavam ao salão principal.

Tabitha, ainda recolhida em seu quarto, olhava pela janela para as luzes e ouvia o som crescente da música do quarteto que começava a tocar no salão. Amélie entrou novamente, desta vez com uma expressão de expectativa.




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