Notas do Destino

A Canção do Amor

Dois anos se passaram desde aquela escolha. O vídeo gravado no quintal foi só o começo de uma jornada que ninguém poderia ter imaginado.

Hoje, Clara e Lucas percorrem o país com seus shows, levando não só música, mas uma história que inspira quem os ouve. Eles não se tornaram os artistas mais famosos do mundo, mas conquistaram algo ainda mais valioso: a liberdade de serem quem são, de cantarem o que acreditam, e de viverem um amor real, sem roteiros, sem máscaras.

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Naquela noite, o teatro estava lotado. Luzes coloridas dançavam pelo palco. Clara segurava o microfone, olhando a plateia cheia e, mais uma vez, seus olhos procuraram e encontraram Lucas, ao lado da mesa de som, como sempre. Seu sorriso continuava o mesmo — aquele sorriso que fazia o mundo inteiro parecer em silêncio.

Ela respirou fundo, segurou o violão e falou ao microfone:

— Essa música é para todos que, algum dia, acharam que precisavam mudar quem são para caber em algum lugar. E também... para alguém que me ensinou que a melhor canção é aquela que se faz com amor.

O público aplaudiu antes mesmo que ela começasse a tocar.

As primeiras notas soaram suaves. A letra falava de escolhas, de coragem, de amor além dos padrões. Cada verso era um pedaço da história deles, e cada refrão parecia costurar os sonhos que, um dia, pareciam impossíveis.

Lucas a olhava com os olhos brilhando. Sabia que aquela não era só uma música. Era um lembrete do que construíram juntos, de cada noite difícil, de cada não que se transformou em um novo caminho.

Quando a música terminou, a plateia ficou de pé. Aplausos, gritos, lágrimas. E, no meio de tudo aquilo, Lucas subiu no palco.

— Isso não estava no roteiro... — Clara riu, surpresa.

Ele pegou o microfone, respirou fundo e, olhando nos olhos dela, disse:

— A vida me deu muitos desafios, mas nenhum foi maior do que te amar... e nenhum foi tão fácil de escolher quanto você. — Ele tirou do bolso uma caixinha, abriu, revelando um anel simples, mas cheio de significado. — Clara, você aceita cantar essa vida comigo... pra sempre?

As lágrimas dela desceram sem nem pedir licença. O coração parecia uma bateria descompassada.

— Sim! Mil vezes sim! — ela respondeu, jogando-se nos braços dele.

O teatro inteiro vibrou, como se cada pessoa ali fizesse parte daquela história.

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Porque, no fim, a vida é como uma canção. E, às vezes, a melhor melodia não é aquela que toca nas rádios, mas a que nasce entre dois corações que sabem que, juntos, formam a nota mais perfeita do amor.




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