O filho da Guerra

Capitulo 9: as quartas de final

O clima no quarto de espera estava carregado de tensão quando Kaela, Leona e seus aliados aguardavam as próximas lutas. Dois nobres entraram: Edmund Nedemor, primo do rei, e Bermut Arceus, filho do poderoso nobre da cidade. Kaela trocou olhares significativos com Leona, percebendo a preocupação em seu rosto.

Edmund, com um sorriso presunçoso, foi o primeiro a falar. “Olha só quem temos aqui, duas plebeias que se atreveram a desafiar a nobreza. O que as faz pensar que podem competir conosco?”

Kaela, mantendo a compostura, respondeu com um sorriso confiante. “E o que te faz pensar que vocês têm algum direito de intimidar alguém aqui? Estamos aqui para lutar, assim como vocês.”

Bermut riu, se aproximando. “E vamos ser sinceros, Leona não tem chance contra mim. Deve estar tremendo só de imaginar a luta.”

Kaela se virou para Leona, vendo a insegurança em seu rosto. “Não se deixe abalar, Leona. O que importa aqui é a força e a coragem, não o sobrenome.”

Edmund, com um olhar calculista, interrompeu. “Então, o que vocês propõem? Se estão tão confiantes em suas habilidades, por que não deixamos que essa luta siga seu curso natural?”

Kaela, percebendo a oportunidade, deu um passo à frente. “Na verdade, tenho uma oferta que pode interessá-los. Estou disposta a forjar minha própria derrota em troca de 50 peças de ouro.”

Bermut arqueou uma sobrancelha. “E o que nós ganharíamos com isso? Por que deveríamos pagar por uma derrota que poderia ser nossa de qualquer forma?”

Kaela, desafiadora, continuou. “Se não pagarem por minha derrota, eu esmagarei seu filho de maneira tão definitiva que ele nunca mais vai querer empunhar uma espada novamente. E isso não é o pior. Imaginem o que todas as outras famílias nobres vão dizer: ‘Vejam o filho do nobre que não é capaz de derrotar uma simples plebeia.’”

Leona, embora intimidada, começou a considerar a proposta. Ela precisava do dinheiro para ajudar seus pais, que estavam lutando para sobreviver. “Eu... eu também posso oferecer a vitória em troca de alguma recompensa,” ela disse hesitante. “Podemos usar o dinheiro para ajudar nossas famílias.”

Edmund e Bermut se entreolharam, percebendo que a situação poderia se tornar mais complicada do que imaginavam. “E se nós não aceitarmos essa proposta?” Edmund desafiou.

Kaela sorriu, sabendo que tinha a vantagem. “Então, vamos ver como vocês se sentirão quando todos os nobres souberem que o filho de um nobre foi derrotado por uma plebeia. Isso vai abalar a reputação de vocês, e será um escândalo para suas famílias. Vocês realmente querem correr esse risco?”

Bermut tentava manter a postura, mas havia um nervosismo evidente em seu olhar. “E se não pagarmos? O que você fará então?”

“Se não pagarem, eu farei o que for necessário para garantir que Leona tenha o que precisa. E vocês ficarão conhecidos como aqueles que não souberam proteger o nome da nobreza,” Kaela declarou, firme.

Edmund, percebendo a situação se desenrolar, finalmente cedeu. “Cinquenta peças de ouro. Considerem isso uma oferta generosa, mas não pensem que ficarão impunes por essa ousadia.”

Kaela sorriu, satisfeita, e virou-se para Leona. “Negócio fechado. Se me provocarem, garantirei que vocês não tenham um momento de paz enquanto estiverem no torneio.”

Com isso, a tensão no quarto de espera diminuiu, mas a adrenalina de um embate estava prestes a começar. Kaela saiu dali com as 50 peças de ouro e uma determinação renovada, sabendo que o verdadeiro desafio ainda estava por vir. Enquanto isso, Leona se sentiu mais confiante, pronta para lutar não apenas por si mesma, mas por sua família.

O clima na arena estava eletricamente carregado. O General observava atentamente Gaikos e Tharokk, sabendo que aqueles dois garotos eram verdadeiros diamantes brutos em meio àqueles competidores. Ele se comprometeu a protegê-los a todo custo; ninguém ousaria tocar em seus protegidos.

Com a noite se aproximando, as quartas de final estavam prestes a começar. As lutas agora seriam disputadas uma de cada vez em um palco principal, onde todos os olhares estariam voltados para os competidores.

Leona entrou no palco, hesitante, e antes que pudesse se posicionar para a luta, decidiu desistir, permitindo que Bermut Arceus avançasse para as semifinais sem esforço. A plateia ficou em silêncio, impressionada com sua decisão.

Quando Kaela subiu ao palco, um sorriso desdenhoso estava estampado em seu rosto. Seus olhos brilhavam ao olhar para Cedric, o filho de Edmund, que estava ali, parecendo um suculento pedaço de carne prestes a ser devorado. O combate estava prestes a começar, e a tensão no ar era palpável.

O gongo soou, e Cedric, com uma velocidade impressionante, cortou a cabeça de Kaela com um movimento rápido de sua espada. O som do metal contra a carne ecoou pela arena, e a cabeça dela caiu ao chão. Cedric sorriu, convencido de sua vitória, e se virou, se preparando para receber os aplausos da plateia.

Mas, para sua surpresa, não houve aplausos. Ele sentiu uma presença atrás de si, um toque suave e sedutor. Quando se virou, Kaela estava ali, com um sorriso provocador. Ela encostou o focinho em sua bochecha e sussurrou: “Mas que garoto apressadinho.”

Cedric estava paralisado, sem conseguir reagir. A imagem da vitória se dissipava em um misto de confusão e medo. Ele tinha certeza de que a havia acertado, mas ela parecia uma assombração, incapaz de ser tocada. O toque dela era contínuo, como se ele estivesse parado no mesmo lugar. Kaela o abraçava por trás, tocando seu peito, sua barriga, roçando seu rosto contra o dele.

“Você só pode se livrar de mim se for mais rápido que eu,” ela provocou, com uma voz que parecia ecoar em sua mente.

Desesperado, Cedric decidiu usar uma de suas magias. “Pensão!” Ele conjurou, liberando um pulso de onda de choque que jogou Kaela para longe, fazendo-a cair no chão, aparentemente inconsciente.

Cedric, ainda atordoado pela experiência, olhou para a arena, sua mente lutando para entender o que acabara de acontecer. Ele sentia um medo profundo, uma sensação de impotência que nunca havia experimentado antes. A plateia estava em silêncio, intrigada com o que estava se desenrolando.



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En el texto hay: violencia, agrecion, violacion de derechos

Editado: 29.09.2024

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