Ventos de Paixão - O Preço da Esperança - Vp Livro1

Episodio 2

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Se te tocou, é porque era para ti.

Já ouvira rumores sobre o homem, mas precisava de factos concretos. E, entre todas as pessoas que conhecia, Dorian era quem possuía a rede de contactos mais ampla — e os ouvidos mais atentos.

Deixou os aposentos, atravessou a casa e só parou quando alcançou a cavalariça, onde ordenou que lhe selassem um cavalo. Pouco depois, galopava em direção à vila.

Dirigiu-se diretamente à estalagem que Dorian costumava frequentar — ele era a pessoa indicada para lhe responder a algumas questões. Quando entrou, o ambiente estava surpreendentemente calmo. Poucos clientes ocupavam as mesas espalhadas pela sala. Dorian, como de costume, estava na mesa mais afastada, um copo de cidra à frente, a observar quem entrava.

Gabriel puxou uma cadeira e sentou-se à frente do homem, sem rodeios. Tirou do bolso do casaco um pequeno saco e colocou-o sobre a mesa. O som metálico das moedas a tilintar encheu o silêncio entre os dois.

Dorian sorriu ao ver o saco. Pegou nele com um movimento rápido, guardando-o sem cerimónias.

— Ah, Capitão… E o que é que um homem como eu tem de fazer para receber um pagamento tão generoso?

Gabriel não perdeu tempo com formalidades. Mantendo a voz firme, respondeu:

— Quero saber tudo sobre o Marquês Whitaker. Tudo o que consigas reunir.

Dorian inclinou ligeiramente a cabeça, a avaliá-lo.

— Parece-me um serviço mais delicado do que o habitual.

Gabriel manteve-se impassível.

— Consegues ou não?

A fisionomia de Dorian endureceu antes de responder:

— Whitaker não é o tipo de homem que se contenta com o que tem. O casamento com a jovem Cavendish é um golpe de mestre. Ele não está apenas atrás de mais influência na corte. Quer poder. A sua aliança com o Duque é essencial para isso.

Gabriel acenou lentamente.

— E Lilian? Ela é apenas mais um peão nesse jogo?

Dorian soltou um suspiro, abanando a cabeça.

— Em parte, sim. Mas não se engane, Capitão. Ele é perigoso.

Gabriel apertou os punhos de forma quase impercetível.

— Preciso de algo sólido. Documentos. Testemunhas.

— Isso tem um preço.

Gabriel pegou num segundo saco de moedas e colocou-o sobre a mesa, sem desviar o olhar. Dorian soltou uma gargalhada baixa, tamborilando os dedos na madeira antes de guardar o saco.

— Ah, Capitão… o dinheiro resolve muita coisa, mas há certas respostas que custam mais do que ouro.

— Se precisares de mais, diz — disse Gabriel, seco.

Dorian baixou o olhar, girando o copo de cidra entre os dedos.

— O problema, Capitão, é que homens como Whitaker não gostam de deixar rasto. — Fez uma pausa. — Se alguém mexer nos negócios dele, pode acabar a flutuar no Tamisa. Aquele homem tem as mãos mais sujas que o demónio.

Gabriel, ao ver a hesitação de Dorian, inclinou-se ligeiramente para a frente.

— Se tens medo, posso encontrar outro para fazer o serviço.

Dorian riu-se, divertido.

— Medo? Medo é para tolos. Mas gosto de saber que, quando me meto numa confusão, pelo menos é por um bom preço. — Pegou no saco e guardou-o. — Muito bem, Capitão. Dou-lhe as respostas que procura.

Gabriel deslizou mais um pequeno saco de moedas sobre a mesa. O sorriso de Dorian alargou-se, mas não disse mais nada.

— Apenas garante que tens o que pedi. E certifica-te de que nada falha — disse Gabriel, o olhar imperturbável.

Dorian ergueu o copo num brinde silencioso.

— Sempre às ordens, Capitão. Mas tenha cuidado. Homens como Whitaker não deixam pontas soltas.

Gabriel levantou-se.

Poderia Whitaker ser o traidor que o rei mencionara? O receio de Dorian incomodava-o — aquele não era homem de se deixar intimidar, mas... parecera-lhe verdadeiramente inquieto.

O jantar de boas-vindas seria mais do que uma ocasião social. Seria o ponto de partida para os próximos passos. Ele precisava de agir — e rápido. O futuro de Lilian, e talvez o destino do reino, dependiam disso.

Saiu da estalagem com passo firme e, ao alcançar a rua, montou o cavalo. O dia estava tranquilo, mas Gabriel sentia o peso das suas responsabilidades a aumentar. Precisava de aliados — e só havia uma pessoa em quem confiava para o ajudar. Damien Wesley.

Pouco depois, chegou a casa, onde foi recebido por Thomas, o mordomo. Dirigiu-se a uma das salas mais pequenas, onde habitualmente fazia as suas refeições. Em poucos minutos, já estava a almoçar e, enquanto o fazia, refletia sobre como poderia lidar com Whitaker. Os rumores eram claros, mas sabia que precisava de ser cuidadoso. Precisava da ajuda de Wesley, sobretudo na abordagem estratégica. Lilian estava envolvida, e isso tornava tudo ainda mais delicado. Sorriu ao pensar nela, mas estava ciente de que qualquer movimento em falso podia colocar tudo a perder.




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