Ventos de Paixão - O Preço da Esperança - Vp Livro1

Capitulo 8

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Gabriel e Damien já estavam a ser recebidos pelo Duque de Cavendish quando Lilian se aproximou para se juntar ao pai. O anfitrião mantinha uma postura altiva, mas os olhos traíam-lhe o desconforto — algo raro num homem habituado ao controlo absoluto.

Gabriel inclinou ligeiramente a cabeça, num cumprimento elegante.

— Vossa Graça, é um prazer estar presente nesta ocasião. Agradeço sinceramente o gesto de organizar um jantar de boas-vindas em minha honra. É uma gentileza que muito aprecio.

O Duque hesitou por um instante, os olhos presos por mais tempo do que o habitual na insígnia dourada presa ao casaco de Gabriel. A mão que segurava o copo de vinho fez um leve movimento, como se precisasse de ajustá-lo na palma, e a sua voz, sempre firme, teve uma ligeira oscilação ao responder.

— Conde? — murmurou, antes de recuperar o tom habitual. — Não sabia que... enfim, não há necessidade de agradecimentos, Sinclair. Já percebi que Sua Majestade o distinguiu. Naturalmente, os feitos de um homem tão capaz não passariam despercebidos. Bem-vindo.

Gabriel manteve-se sereno.

— Fico honrado com as suas palavras, Vossa Graça. Espero que esta noite seja, de facto, memorável.

Damien, ao seu lado, parecia divertir-se com o desconforto subtil do Duque.

— Sem dúvida, uma receção à altura da sua reputação, Vossa Graça. Estou certo de que todos os presentes vão apreciar a sua hospitalidade.

O Duque assentiu com um sorriso frio, claramente a tentar dominar a situação. Gabriel dirigiu o olhar para Lilian, que entretanto se tinha posicionado ao lado do pai. Ela exalava uma graça inata. Mas não era apenas a beleza dela que o fascinava, era a força silenciosa que emanava. Mesmo naquela sala repleta de rostos altivos, ela destacava-se, não pela aparência, mas pela forma como encarrava as expectativas com uma serenidade impressionante.

Ele viu a determinação nos olhos dela, uma chama escondida por detrás da fachada impenetrável.

— Pai, vejo que os nossos ilustres convidados já chegaram. Conde Sinclair, Lord Wesley — disse ela, com um leve aceno de cabeça para cada um. — Sejam bem-vindos.

Gabriel respondeu com a mesma formalidade, embora o tom de voz fosse sedutor.

— É sempre um prazer revê-la, Lilian. Esta noite está verdadeiramente encantadora.

Damien, percebendo a tensão que pairava no ar, interveio com um sorriso ligeiramente malicioso.

— Sem dúvida, esta é uma noite que promete ser inesquecível. Não achas, Gabriel?

Gabriel sorriu, mas não respondeu de imediato. O Duque, ansioso, interrompeu.

— Vamos então garantir que todos os nossos convidados estejam confortáveis. Lilian acompanha-me.

Lilian assentiu e seguiu o pai, mas não sem sentir o impacto do olhar de Gabriel, que parecia acompanhar cada passo seu. Por dentro, sentia o coração a bater no seu peito, mas o rosto manteve-se sereno.

Gabriel e Damien afastaram-se, deixando o Duque e Lilian cumprimentarem outros convidados. Enquanto caminhavam Damien lançou um olhar de esguelha para Gabriel, um sorriso brincalhão a surgir nos lábios.

— O nosso destemido Conde, está deslumbrado pela nossa Lady Cavendish. — provocou Damien, a voz baixa o suficiente para não ser ouvida por outros.

Gabriel soltou uma pequena risada, ajeitando o casaco com um gesto descontraído.

— Não sei do que estás a falar, Damien. Apenas cumprimentei Lilian como qualquer cavalheiro faria.

Damien arqueou uma sobrancelha.

— Claro, claro. Apenas um cumprimento. Mas o brilho nos teus olhos dizia outra coisa — ele riu, dando uma leve pancada no ombro de Gabriel. — Admite que ela está inesquecível esta noite.

Pelo caminho, uma jovem criada aproximou-se com uma bandeja de bebidas. Era Clara, que se movia com a mesma elegância discreta que lhe era característica. Os passos dela eram suaves, quase impercetíveis. Quando estendeu a bandeja, o gesto foi feito de uma forma graciosa, como se cada movimento fosse perfeitamente natural.

— Senhores — disse ela, num tom de voz baixo, mas claro, enquanto oferecia os copos.

Gabriel serviu-se de uma taça de champanhe, mas percebeu que Damien ficara parado a olhar para ela, ao ponto de ter de lhe dar uma cotovelada para ele se servir. Gabriel esperou que Clara se afastasse antes de lançar um olhar severo a Damien.

— Antes que digas alguma coisa, Damien, quero que saibas que Clara não é apenas uma criada. Nós crescemos juntos e é uma amiga. Não deixo que ninguém a trate de outra forma — a sua expressão suavizou-se mas o seu tom de voz manteve-se incisivo. — Quero que isso fique claro.

Damien pestanejou, ligeiramente surpreso.

— Entendido, Gabriel. Não fazia ideia — o tom dele era mais ponderado agora, mas ainda com um toque leve. — Bem, agora que sei, vou-me portar como um perfeito cavalheiro. Palavra de honra.

Gabriel relaxou ligeiramente, mas manteve o olhar firme.

— Ótimo. Porque para mim, a lealdade a quem me é próximo não é negociável.




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