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A manhã ainda estava fresca quando Gabriel e Damien terminaram de preparar as malas para a viagem a Londres. O sol iluminava a entrada da propriedade, onde os criados tratavam de carregar os últimos baús na carruagem. Gabriel, ajustou os punhos da camisa, distraído. Os olhos percorriam a linha do horizonte, mas a mente já estava a muitos quilómetros dali.
Damien apareceu a seu lado, as mãos nos bolsos e um sorriso a dançar-lhe nos lábios.
— Sabes que vão reconhecer-te, não sabes? — disse. — Londres tem memória longa. E mexericos ainda mais rápidos.
Gabriel sorriu, sem virar o rosto.
— Com sorte, lembrar-se-ão apenas dos bons jantares e das más decisões.
Damien soltou uma breve gargalhada.
— Ah, aquelas noites em que quase foste expulso de três círculos sociais no mesmo mês. Bons tempos. Ainda me pergunto como é que a Condessa de Dunsworth nunca te envenenou.
— Talvez porque fui o único que dançou com ela, mesmo depois de partilharem o retrato dela na carruagem dos criados.
Damien fingiu pesar.
— Sempre soubeste misturar desgraça com cavalheirismo. É um talento raro.
Gabriel deu um passo em direção à carruagem, mas parou por um instante.
— Londres parece mais distante agora do que quando a deixei. Como se tivesse crescido enquanto eu não estava a ver.
Damien encolheu os ombros.
— Cresceu. Em arrogância, pelo menos. Mas ainda tem espaço para surpresas. E para lutas dignas — acrescentou, com um olhar mais sério.
Gabriel assentiu lentamente.
— É isso que espero. Uma luta justa. Uma chance de fazer as coisas de outra maneira.
Damien estudou-o por um momento.
— Nunca te vi tão decidido. Nem quando te desafiaram para aquele duelo às três da manhã por causa de uma aposta ridícula.
— Essa aposta nem era minha.
— Mas foste tu a bater com a porta do clube e a levar o cavalo errado para casa.
Gabriel subiu para a carruagem, finalmente. Damien seguiu-o com um sorriso.
— Vamos lá, redimir o velho Gabriel. E tentar não provocar nenhum escândalo.
— Eu faço o que for preciso. Até manter o decoro. — respondeu Gabriel.
O cocheiro estalou as rédeas, e a carruagem pôs-se em marcha. Atrás deles, o pátio mergulhava de novo no silêncio, como se a casa, por agora, se preparasse para guardar segredos.
À frente, Londres aguardava. E com ela, tudo o que ainda estava por resolver.
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A fachada imponente da casa de Damien refletia o prestígio da posição que o nome dele detinha na sociedade, com a sua arquitetura elegante e um pequeno jardim bem cuidado que ladeava a entrada principal. Assim que a carruagem parou, o mordomo abriu a porta e inclinou-se respeitosamente.
— Milorde — cumprimentou Mortimer, com a voz calma e firme. — Seja bem-vindo a casa. E o seu convidado?
— Este é o Conde Sinclair — respondeu Damien, descendo da carruagem com um sorriso. — Certifique-se de que ele é bem tratado.
O mordomo virou-se para Gabriel com uma ligeira reverência.
— Conde Sinclair, espero que encontre tudo do seu agrado. Vou chamar uma criada para o acompanhar aos seus aposentos.
Pouco depois, uma jovem criada apareceu e fez uma reverência discreta.
— Queira-me acompanhar, milorde.
Gabriel acenou com a cabeça e seguiu-a pelo corredor principal, que exalava um equilíbrio perfeito entre elegância e sobriedade. Os lustres iluminavam discretamente o espaço, e os móveis refinados de madeira escura eram complementados por tapeçarias discretas, que conferiam um ar acolhedor sem excessos.
Enquanto Gabriel subia as escadas, Damien chamou:
— Toma o teu tempo para te instalares. Depois encontra-me no escritório — terceira porta a seguir ao hall. Precisamos de conversar.
Gabriel assentiu, seguindo a criada até ao quarto, onde a sua bagagem já estava a ser descarregada. O aposento era espaçoso e confortável, com uma cama de dossel adornada por tecidos de qualidade e um pequeno toucador junto à janela. Um criado começou a arrumar os seus pertences com eficiência, enquanto Gabriel foi lavar o rosto e mudar de camisa.
Depois de se refrescar, Gabriel desceu novamente e dirigiu-se ao escritório de Damien. Ao entrar, notou imediatamente o contraste entre o ambiente prático do espaço e a sofisticação do resto da casa. Mapas detalhados decoravam uma das paredes, enquanto uma grande mesa de mogno estava coberta por documentos, um tinteiro de prata e um globo terrestre.
Damien, recostado numa poltrona junto à lareira, ergueu o olhar quando Gabriel entrou.
— Espero que te tenhas instalado bem — disse ele, num tom descontraído, enquanto pousava um cálice de vinho numa mesa lateral.