Vientos de Pasión – Una Verdad Oculta L2

Episodio 3

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A longa mesa de jantar brilhava à luz de velas, os talheres e os copos de cristal refletindo reflexos dourados e prateados. O aroma delicado dos pratos pairava no ar, misturando-se ao murmúrio da conversa e ao tilintar dos talheres contra a porcelana fina. Os convidados acomodaram-se em seus lugares.

Clara sentou-se num movimento automático, quase alheia à comoção ao seu redor. Seu coração estava acelerado, impulsionado pela expectativa de rever Damien. "Ele estaria lá... e esta noite, eu teria a coragem de lhe contar a verdade."

Mas quando ela olhou para cima, sua esperança se despedaçou como vidro quebrando. Ela sentiu um nó na garganta por um instante. "Damien estava sentado ao lado de Evangeline."

Ele piscou, como se a visão pudesse ser um engano. Não era. Lady Evangeline estava inclinada em sua direção, colocando a mão em seu braço de forma familiar, com um sorriso triunfante estampado no rosto. E a pior parte — seu olhar. "Frio. Distante."

O estômago de Clara se contraiu, mas ela se obrigou a manter uma expressão calma. Uma dor aguda a invadiu o peito, e ainda assim ela ergueu o queixo. Ela não iria ceder. Não com todos aqueles olhares esperando que ela caísse. "Tinha que haver uma explicação. Tinha que haver."

O jantar continuou, os talheres deslizando sobre os pratos, o murmúrio abafado da conversa formando um pano de fundo indistinto ao seu redor. Mas ela não ouviu nada. A realidade a atingiu em cheio, cruel e implacável. "Damien estava lá com Evangeline. Como se nada tivesse acontecido entre eles. Como se... ele nunca tivesse significado nada."

Cada movimento de Lady Evangeline, cada risada suave, era como uma facada no peito de Clara. "Por que ela não estava olhando para ela? Por que estava evitando seu olhar como se... como se estivesse escondendo algo?"

Theo, sentado ao lado dele, notou a rigidez em seus ombros.

“Clara”, disse a voz, um aviso baixo, quase imperceptível.
Clara forçou um sorriso para o visconde à sua esquerda, respondendo mecanicamente a um comentário sobre a ópera. Ela não sabia o que tinha dito, nem se fazia algum sentido. Theo apertou a mão dela por baixo da mesa, num gesto discreto.

"Respire", sussurrou Theo, apertando firmemente a mão dela.

Clara não reagiu; não conseguia. O jantar continuou, e a cada minuto que passava, ela sentia-se sufocando um pouco mais.

Do outro lado da mesa, mais perto dos anfitriões, Damien permaneceu imóvel, com o maxilar cerrado. Sempre que seu olhar ameaçava encontrar o dela, ele o desviava, obrigando-se a continuar a farsa que Evangeline lhe havia imposto. "Mas eu a senti. Deus, como eu a senti."

Ele viu seus dedos tremerem enquanto ela erguia a taça de vinho. Viu o esforço que ela fazia para manter a dignidade, mesmo ferida. E isso o magoava mais do que se ela tivesse chorado ou gritado. Ele não conseguia sentir o gosto da comida. As taças de vinho foram esvaziadas uma após a outra. "Mas Clara... Clara não deixaria transparecer nada."

E, de alguma forma, isso doeu ainda mais.

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Ao término do jantar, os convidados se dispersaram pelo salão principal. O som dos violinos preenchia o ar com uma melodia refinada, enquanto pequenos grupos se formavam, trocando comentários sobre política, arte e a peça mais recente em cartaz em Covent Garden. Mas, em meio a sussurros e risos abafados, um boato se espalhou mais rápido do que qualquer música.

"Clara Wellington... não passava de uma distração. Lady Evangeline havia recuperado seu lugar de direito. O Conde de Wesley logo se casaria — disso, ninguém mais duvidava."

Os olhares furtivos das damas, as avaliações silenciosas dos cavalheiros. Ela sabia. Podia senti-los observando-a. Como se estivessem esperando. Esperando que ela caísse. Precisava de ar. Com um movimento discreto, virou-se e saiu para a varanda. O ar fresco da noite acariciou sua pele, trazendo um alívio momentâneo à dor que crescia dentro dela. Fechou os olhos por um instante, tentando recuperar o controle das emoções. "Respire. Seja forte."

"Chegou a hora, meu querido."
A voz de Evangeline o atingiu como o sibilar de uma serpente. Damien virou-se lentamente, encarando seus olhos frios.
"Você vai acabar com isso. Agora", ordenou ela, com um sorriso desdenhoso.

A dor de ter que ferir Clara o estava destruindo lentamente. Cada passo se tornava mais pesado, como se correntes invisíveis o arrastassem para a própria execução. Seu coração batia em um ritmo doentio, sua garganta apertava como se não conseguisse respirar.

Os lábios de Evangeline se curvaram num sorriso preguiçoso, e o jeito como ela olhava para a sacada não lhe deixava outra escolha.
"Era agora."

Enquanto Damien caminhava como um condenado, Theo o observava de uma das poltronas, com o copo entre os dedos, sentindo a fúria ferver dentro de si. Suas pupilas dilataram, seu pulso acelerou. Ele viu Lady Evangeline lançar-lhe aquele olhar venenoso e viu Damien empalidecer antes de seguir o mesmo caminho que Clara havia percorrido.

"Que diabos está acontecendo?"
A raiva dentro dela rugia como um trovão reprimido, anunciando a tempestade que se aproximava. O instinto gritava a verdade: algo terrível estava prestes a acontecer.

"Se você fizer o que eu acho que vai fazer, Damien Wesley, eu juro que vou te cortar em pedaços e jogar os restos no Tâmisa", ele murmurou.

A pressão dos seus dedos no vidro aumentou. A fúria exigia que ela agisse, mas ela se obrigou a esperar. E era isso que mais a aterrorizava.

Damien passou a mão pelos cabelos, como se tentasse se agarrar ao que restava de sua vontade. E, ao avançar, sabia que caminhava rumo à sua ruína.

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En el texto hay: humor, intriga, amor

Editado: 26.12.2025

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