Capitulo 20

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O frio acariciava sua pele, as chamas do tormento, cada cheiro direcionado a Damien como um lençol invisível que o dilacerava por dentro. Ela precisava escapar, respirar, enterrar aquela alma em algum lugar onde ninguém pudesse vê-la.
A varanda estava deserta, banhada pela luz suave das lanternas e pelo brilho pálido da lua. Clara se colocou no frio, lutando para conter a avalanche de emoções que ameaçava destruí-la.
"Não seja estúpido. Eu preciso de uma explicação. Eu preciso."

Então ele viu passos atrás de si. Virou-se, como o nome de nossos lábios. Seu coração batia forte, não como um tambor, na esperança de renascer.

—Damien.

Ele estava a certa distância dela, o rosto marcado por sombras, mas seus olhos... eram diferentes. Emoções vazias.

"O que aconteceu, Damien?" Sua voz era um sussurro pesado. "Por que... por que você viu Lady Evangeline?"

Damien a abraçou por um momento que pareceu uma eternidade. Ou melhor, que seu estômago se apertava a cada segundo que passava. "Faça isso. Machuque-a. É o único jeito de protegê-la."
Ele expirou e disse que as palavras fluiriam:

"O que você pensou?" Havia um frieza em sua voz ou um quê de malícia em seu interior. "Eu me casaria com a filha ilegítima de um nome?"

Clara lembrou como foi atacada fisicamente por Tivesse. Seus olhos, ainda cheios de esperança, piscaram.

—Ilegítimo… Damien?

As agulhas fecham a lateral do corpo, ambos os dedos brancos. Seu rosto, uma máscara de desprezo.

—Estou te dizendo que não te amo.

Uma lâmpada dourada atravessou seus olhos antes de se transformar em algo mais forte. Raiva.

"Você está mentindo", disse ela com mais firmeza. "Você está mentindo para si mesmo... e para mim."

Damien abriu-o como de costume, deixando-o vazio.

"Estou apenas sendo honesto, Clara. É isso", disse ele, apontando entre elas, "Eu fui uma distração. Um capricho."

Seus olhos brilharam em descrição.

—Um capricho? É isso que te interessa?

"Sim. Um momento de diversão. Mas você não vai se divertir mais", disse ele sem hesitar, com o coração partido neste verão.

Ele deu um passo em nossa direção, com os olhos fixos em nós.

—Repita. Mais aromas para os nossos aromas.

Ele não fez isso. O silêncio era pesado. A respiração de Clara tornou-se irregular e, num gesto desesperado, ela agarrou a lapela.

—Procure por mim, Damien!

Damien não conseguia conter as emoções. O perfume dela, ali perto, ou a súplica em sua voz — todos imploravam para que ele a soltasse e lhe contasse a verdade. Que a amava. O que ele estava fazendo ali para protegê-la? Mas ele não conseguia entender.

Ele tirou a foto assim que pôde.

"Esqueça-me. Encontrei um visconde ambicioso e casei-me com ele." Sua voz era dura como pedra.

Ela permaneceu imóvel, como se seus olhos estivessem cheios de lágrimas e sua boca entreaberta em choque. Seu pequeno subia e descia, sua respiração vindo em suspiros curtos. A incredulidade lhe abriu a garganta como um fio invisível.

Damien desviou o olhar, tentando conter o peso esmagador da culpa. Mas o silêncio dela era pior do que qualquer acusação. Ele teria preferido que ela gritasse como ele. Que ele se odiasse.

Então, com um gesto rápido e decisivo, a mão de Clara levantou-se.
O estalo ecoou pela varanda, silenciando até o vento.

Damien permaneceu imóvel, mas Clara viu um músculo em sua mandíbula se contrair. Um pequeno movimento, quase imperceptível. Mas estava lá.
Ele sentiu a ardência do golpe em sua luta, mas a verdade era que ele estava ali, bem na sua frente. Não é real. Eu sabia que merecia muito mais do que aquilo.

Clara baixou a mão, teus dedos são tremendos. Seu corpo inteiro estremeceu com soluções baixas, mas em seus olhos — sob as lágrimas — havia algo mais. Dor crua. E fúria incandescente.

"Você é desprezível, Damien Wesley", disse ele com voz dourada. "Um miserável covarde."

Então, ele se virou e entrou na sala sem olhar para trás.

Damien ficou ali parado, sentindo como se estivesse queimando na bochecha... e sem mais nada.
"Ele acabou de partir o coração da única mulher que realmente amou."

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