Vientos de Pasión – Una Verdad Oculta L2

Capitulo 23

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Theo saiu da carruagem em frente à residência de Damien. O ar estava frio, pesado com a umidade matinal que impregnava as pedras da fachada. Ela ajeitou o casaco e estava prestes a seguir em frente quando uma segunda carruagem parou ao lado da entrada.
O Duque de Cavendish e Gabriel saíram, ambos com expressões tensas. Gabriel parecia prestes a explodir, enquanto o Duque mantinha a compostura rígida de um homem acostumado a lidar com situações delicadas.
Seus olhares se encontraram, mas foi o Duque quem falou primeiro, em tom severo.
"Lady Theodora, posso perguntar o que a senhora está fazendo aqui?"
Theo ergueu uma sobrancelha e cruzou os braços.
"O mesmo que o senhor, imagino. Vim falar com Damien."
O Duque lançou-lhe um olhar de reprovação.
"Este não é lugar para uma mulher. É um assunto para homens resolverem."
Theo riu, um riso baixo e irônico.
"Ah, claro." Porque os homens têm feito um excelente trabalho em não arruinar a vida de Clara até agora, não é?
Gabriel suspirou impacientemente.
"Fiquem quietos, os dois. Não tenho paciência para discussões inúteis. Ela está aqui agora, vamos entrar."
Sem esperar por uma resposta, subiu os degraus e bateu forte na porta. A espera foi breve. O mordomo abriu a porta e, reconhecendo os visitantes, hesitou.
"Meus senhores... minha senhora..." Sua voz tremia levemente.
"Onde está Damien?" A voz de Gabriel era aguda.
O mordomo hesitou antes de responder:
"Na biblioteca, meu senhor."
Os três atravessaram o corredor com passos firmes e decididos. O som de seus passos ecoou alto no silêncio da casa. Ao entrarem na biblioteca, a cena que encontraram foi... inesperada.
Damien estava caído em um dos sofás de couro, a camisa aberta, o colete desabotoado e o cabelo despenteado. Garrafas vazias estavam sobre uma mesa próxima e vários copos quebrados espalhados pelo chão.
O olhar de Damien se ergueu lentamente para os recém-chegados e ele soltou uma risada abafada.
"Olha só para eles... todos vieram. Que comovente."
Sua voz arrastada denunciava a embriaguez; ele não tinha forças nem para ficar de pé.
Gabriel não hesitou. Avançou com passos firmes, os cacos de vidro rangendo sob seus pés, e quando alcançou Damien, agarrou-o pela gola, forçando-o a se levantar.
"Seu maldito desgraçado!"
O impacto do soco foi direto, violento. Damien cambaleou para trás com a força do golpe, mas não se defendeu. Nem sequer tentou. Sua expressão demonstrava exaustão, como se já tivesse desistido. Gabriel o atingiu novamente, seu punho cerrado se chocando contra seu queixo.
“Você partiu o coração dela!” Gabriel rugiu, sua fúria reprimida explodindo em um gesto violento.
Damien deslizou pela mesa, derrubando copos e garrafas, mas ainda assim não ergueu os braços para se defender. Parecia um fantoche, sem resistência, sem esperança.
“Continue”, murmurou, com a voz rouca, os olhos vazios, como se as palavras saíssem sem alma. “Eu mereço.”
Gabriel ergueu o punho novamente, mas antes que pudesse desferir outro soco, o Duque agarrou seu braço.
“Pare!” ordenou, com a voz carregada de autoridade.
Gabriel respirava com dificuldade, o rosto vermelho de raiva, mas não protestou. Theo, que até então permanecera imóvel, deu um passo à frente e olhou para Damien com evidente desprezo.
“Você é patético, sabia?” murmurou, com a voz gélida.
Damien soltou uma risada rouca, cuspindo um pouco de sangue no chão. Mas havia algo mais em seus olhos: uma estranha mistura de desespero e resignação.
“E eu que pensava que você tinha um ponto fraco por mim, Theo.”
As palavras saíram como uma provocação, mas, no fundo, ele sabia que estava escondendo sua dor.
“Sim, Clara também achava que você tinha um coração”, disse Theo, e ele quis gritar, mas o som ficou preso em sua garganta.
Damien desviou o olhar, sentindo o peso de suas palavras. A dor de ter decepcionado Clara, de ter provado ser exatamente o que ela temia. O silêncio que se seguiu foi denso, pesado.
O Duque respirou fundo, passando a mão pelo rosto num gesto de puro cansaço, como se tudo aquilo não o surpreendesse mais, mas sim o drenasse.
“Wesley, o que você está fazendo consigo mesmo? Vai se esconder atrás de uma garrafa e esperar que isso resolva alguma coisa?”
Damien soltou uma risada seca, sem humor, desprovida de emoção verdadeira.
“E o que o senhor sugere, Vossa Graça?”
O Duque cerrou os dentes, os olhos fixos nele, avaliando-o como um caso perdido. O silêncio entre eles tornou-se denso, quase insuportável, até que finalmente ele disse com palavras cortantes e ásperas:
"Se você ama minha sobrinha, deveria lutar por ela, não destruí-la."
O impacto daquelas palavras foi imediato. Damien permaneceu imóvel, mas seus dedos se fecharam com força no braço do sofá, os nós dos dedos brancos de tanto apertar. Seu olhar, antes turvo pelo álcool, brilhou por um instante, como se a frase tivesse perfurado a apatia que o envolvia.
A dor que ele se recusava a reconhecer manifestou-se em um pequeno tremor, quase imperceptível, mas não rápido o suficiente para escapar ao olhar atento do Duque. Ele não respondeu. Não podia.
O Duque não esperou mais. Simplesmente se virou e saiu da biblioteca, deixando apenas o eco de suas palavras pairando no ar, carregado de álcool e desespero. Gabriel o encarou com ódio, o rosto de desprezo.
“Nosso relacionamento acabou. Fale com seu advogado e não chegue perto de mim ou da minha família novamente. Você não é bem-vindo aqui.”
E ela saiu.
Theo hesitou por mais um instante, como se quisesse dizer algo… mas, por fim, apenas bufou e lhe deu as costas. Quando a porta se fechou atrás deles, Damien ficou ali sozinho. Sua cabeça latejava, sua boca tinha gosto de sangue e conhaque. E, acima de tudo, um vazio crescia em seu peito, mais insuportável do que nunca.
Mas a dúvida… a dúvida o corroía como ácido. “Será que tomei a decisão certa?”
O vazio que sentia era um buraco que devorava sua alma. Cada respiração era um lembrete de que a linha entre o amor e a destruição era mais tênue do que ele imaginara. E agora, com Clara fora de vista, tudo o que lhe restava era o eco de seu próprio desespero.



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En el texto hay: humor, intriga, amor

Editado: 26.12.2025

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